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Hoje, 19 de março,  comemora-se no Brasil o Dia do Artesão. A data coincide com o Dia de São José, considerado o padroeiro da categoria. Desde a antiguidade,  homens e mulheres, com habilidades manuais, utilizam-se de vários tipos de matéria-prima, principalmente obtidas na natureza (conchas, madeira, argila, cipós), para produzir peças com valor comercial, por meio de inúmeras técnicas produtivas.

Essa atividade foi perdendo força com o processo de mecanização da produção. Mas, apesar disso, o trabalho é ainda fonte de renda para muitas famílias, especialmente nas cidades. Nos grandes centros urbanos, calçadões, praças, rodoviárias e nos locais de maior circulação de pessoas é comum observá-los trabalhando e comercializando sua produção . O  artesanato tem se configurado como uma alternativa de renda e uma chance de subsistência, especialmente em épocas de crise financeira. 

Hoje, o artesanato é uma das atividades em destaque no conceito de economia criativa, no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor movimentou cerca de R$50 bilhões no ano de 2019. Maria Luiza Cavazotti, presidente da Casa do Artesão, localizada na praça Barão do Rio Branco, em Ponta Grossa, explica que houve o reconhecimento da profissão nos últimos anos, inclusive pelo Ministério do Trabalho. Mas destaca que apesar do reconhecimento por parte do Ministério do Trabalho ao profissional, a situação do artesão ainda não é boa.

Fernanda Pedroso, casada e mãe de três filhos, trabalha como artesã na cidade. Relata as dificuldades que enfrentou no início da carreira. “A mulher tem que ser dona de casa e cuidar dos filhos. Só quando restava um tempinho, aí sim, eu produzia artesanato”. Explica que o lucro é pequeno, mas considera que o artesanato acaba sendo uma fonte de renda para quem se dedica à atividade.

 

Texto e fotos: Pedro Moro

Edição: Pedro Moro e João Bobato

Revisão: João Bobato 

Supervisão: Carlos Alberto de Souza

 

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