A primeira casa colaborativa de Ponta Grossa, Casulo, realizou no sábado (26) a segunda edição do sarau cultural, a primeira aconteceu no dia da inauguração da casa. O palco foi aberto para qualquer tipo de apresentação. O dia também contou com exposições de brechós da cidade e degustação de pães.
Cristina Donasolo foi uma das expositoras no sarau. Com produtos artesanais, foi a primeira vez dela expondo no local. Ela ainda relata a importância de haver um local em que artistas possam expor as suas criações. “É a primeira vez que venho expor meu trabalho. Ponta Grossa já é um lugar que acolhe esse tipo de iniciativa, algo mais alternativo. Ainda mais incentivando arte, isso é fundamental”, completa. Cristina ainda participou do palco aberto com outras pessoas que se voluntariaram a participar. Também teve música, leitura de poesias e malabarismo, além de contar com degustação de pães de fermentação natural.
A Casulo é uma casa colaborativa e visa a utilização da economia colaborativa. A Casa foi inaugurada no dia 15 de setembro. “Vimos que a cidade não possuía nenhum tipo de iniciativa parecida. Nos inspiramos em outras casa colaborativas que existem nas capitais e decidimos criar uma”, relata Tatyla Marques Barreto, uma das idealizadoras.
A casa possui uma loja onde os artistas e produtores locais podem vender seus produtos, e conta com 47 marcas. Na casa trabalham fisicamente oito profissionais que possuem ateliês e escritórios fixos no local.
Para a escolha dos produtos e pessoas que irão ingressar na casa é realizado um processo de curadoria visando dar destaque para os profissionais da cidade. Por cada espaço dentro da casa é cobrado um valor mensal, que muda conforme o espaço é utilizado por cada profissional. De acordo com Tatyla o valor cobrado é fixo. As pessoas que ao final não se sintam satisfeitas com as condições de trabalho podem simplesmente se desligar do projeto.
A casa ainda oferece espaços para oficinas, exposições, apresentações artísticas e shows. “Para o mês de novembro quase não temos mais horários, e em dezembro abriremos todos os domingos, o que não é usual da nossa rotina”, comenta Tatyla.
Em novembro ainda terão oficinas, como de improviso no teatro; oficina sobre alimentação viva; mandalas; entre outros. “São vários nichos, desde a área ambiental até artística”, completa.
Os únicos tipos de atividades que não são aceitos são com viés político/partidário ou com cunho religioso.
Fotos: Larissa Hofbauer