Convocada pelas centrais sindicais, a Greve Geral contra a reforma da Previdência também aconteceu em Ponta Grossa. Manifestações foram registradas desde às sete da manhã da sexta-feira (14) até a noite. Além dos protestos, foram realizadas apresentações musicais e de poesias.
Os manifestantes eram contra a reforma da Previdência, em tramitação na Câmara dos Deputados. De acordo com os sindicatos, o protesto também foi em defesa da educação pública.
A professora Méris Nelita Fauth Bertin afirmou que o que a motivou a participar da mobilização foi o corte na liberdade de cátedra dentro das escolas. “Estão destruindo o que é mais importante para nós, a educação”, declarou. Para Bertin a união dos estudantes é importante na defesa da educação brasileira. “Estamos defendendo principalmente o direito à educação pública e suas oportunidades. Nós somente atingiremos esse direito com mais oportunidades, e oportunidades para todos”, comentou a professora.
Já o estudante Alan Diogo da Rocha decidiu participar do ato porque não concorda com o que chama de “modelo liberal” do atual governo. “É um ataque direto aos trabalhadores”, declarou.
Segundo o Sindicato dos Docentes da UEPG (SINDUEPG), “praticamente todas as salas de aula dos campi Uvaranas e Central [da UEPG] estavam vazias” na sexta-feira. Para o sindicato, a reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal “acaba de vez com a aposentadoria de todos os trabalhadores e trabalhadoras do País”.
Além da paralisação na sexta-feira, os funcionários estaduais podem entrar em greve por tempo indeterminado no próximo dia 25. De acordo com o Sindicato dos Técnicos e Professores da UEPG (SINTESPO), o governo do estado “não apresentou nenhuma proposta para o pagamento do reajuste, a popular data base”. Tendo em vista que há três anos o governo não reajusta o salário dos servidores, os filiados do sindicato aprovaram o indicativo de greve estadual.
Fotos: Millena Lopata
