O Colégio Estadual Padre Pedro Grzelczaki em Uvaranas, no Jardim Paraíso, há 10 anos conta com salas de madeira improvisadas. As estruturas que estão em péssimas condições, preocupam professores, alunos e pais. São cinco salas de madeiras, em péssimas condições, com madeiras podres, quebradas e cupins que caem do teto. Na última sexta feira (11), aconteceu um protesto cultural, com exibição de cartazes, poesias e abaixo-assinado, reivindicando pela construção das novas salas de alvenaria.
A precarização das salas de aula prejudicam o desempenho dos estudantes. A professora de matemática, Tânia Gabardo, relata que os alunos sentem medo em dias de chuva e recorda sobre as principais dificuldades em sala de aula, “a acústica da sala de madeira é difícil. O barulho aumenta muito, principalmente quando eles estão agitados.” expressa Tânia. A professora recorda da vez que caiu na sala de aula e reforça que as madeiras já não suportam mais.
A temperatura é outro fator. Segundo a professora Ana Maria Flitz, “ a primeira dificuldade é o calor. No verão a temperatura é extremamente quente. Nossas salas recebem o sol a manhã toda, de tarde fica complicado, o rendimento cai bastante”, aponta Ana Maria.
As salas foram construídas em 2008, provisoriamente. Logo em 2009, a direção da escola solicitou a criação das salas de alvenaria, e desde então “encaminhamos vários protocolos e até agora não tivemos resposta nenhuma. Mas já está lá na Secretaria de Educação. Do jeito que está não tem como continuar, por isso estamos nos mobilizando para acelerar o processo”, conta a diretora Sueli Gomes.
São cerca de 700 alunos que frequentam a escola durante os três turnos. A expansão do colégio é outra medida apontada. O colégio estadual é o único das proximidades e recebe estudantes de outras vilas, além do Jardim Paraíso.
Fotos: Leticia Dovhy