Com o tema “Mãos em Cena: Arte e Literatura Surda”, a terceira edição do Seminário Surdidade tem como objetivo destacar as expressões artísticas e literárias na Língua Brasileira de Sinais (Libras). O evento teve início nesta quinta-feira (25), no Grande Auditório do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com a oficina sobre performances visuais na literatura surda, ministrada por Tales Douglas Moreira (UFLA).
O Seminário Surdidade tem como propósito aproximar surdos e ouvintes em um espaço de diálogo e aprendizado. Para Cristiane Ribeiro da Rocha, intérprete de Libras da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UEPG, a iniciativa é de extrema importância não apenas para os surdos, mas para toda a sociedade. “Procuramos ensinar noções básicas que muitas vezes passam despercebidas em conversas do dia a dia, em produções jornalísticas e nas redes sociais”, destaca.
Tales Douglas, surdo e professor de Libras na Universidade Federal de Lavras (UFLA), ressalta os avanços conquistados pela comunidade surda no Brasil após a criação da Lei de Libras. No entanto, também aponta os desafios que ainda persistem. “A comunidade precisa se unir para propor projetos que ampliem a acessibilidade”. Para o docente, a universidade tem papel fundamental na transformação do cenário.
A programação prosseguiu na noite desta quinta-feira (25) com a abertura oficial do evento. As atividades seguem na sexta-feira (27), à tarde, com a “Oficina de Classificadores”, ministrada por André Coelho (UTFPR). À noite, as palestras dos professores Rodrigo Nogueira e Lucas Dalzotto (Unicentro) encerram o Seminário.
Texto: João Bobato
Revisão: Daniel Klemba
Supervisão: Paulo Rogério de Almeida
Fotos: João Bobato (01-05) e Pedro Augusto (06)
