Na última terça-feira (09), os integrantes do projeto para idosos visitaram o Parque Histórico de Carambeí, onde puderam conhecer um pouco da história dos imigrantes holandeses que fundaram a cidade, participar de brincadeiras e realizar um piquenique em comemoração ao mês do idoso. Conhecido por sua beleza, o local é rota de turistas de todo o país.

 O Projeto SOS foi criado em 7 de agosto deste ano, em parceria com o Núcleo de Assistência Social, Jurídica e de Estudo Sobre a Pessoa Idosa (NASJEPI). Com o objetivo de promover atividades para os idosos, o projeto busca proporcionar que os participantes possam socializar e aprender sobre o avanço da idade. Os idosos integrados no projeto se encontram uma vez por semana e realizam diversas atividades. Para este mês de outubro, em que se comemora o mês do idoso foi desenvolvida uma programação especial com palestras e passeios para os integrantes do grupo.

Com o aumento da expectativa de vida, cada vez mais os idosos necessitam de grupos para manter contato com a sociedade. “Com a aposentadoria, nós ficamos um pouco solitários, o projeto me ajudou a manter a cabeça ocupada” conta dona Nair de Souza Lopes, 70 anos. “Eu não me sinto velha, envelhecer é inevitável, se sentir velha é opcional”, completa.

Segundo uma pesquisa realizada pelos estudantes e professores da USP em 2017, os sintomas do envelhecimento são drasticamente reduzidos quando o idoso tem contato com a sociedade e possui uma vida ativa. Catarina de Lourdes Galvão, 61, conta que está no projeto desde o início e gosta de estar sempre participando. “O projeto é maravilhoso! Lá nós vemos coisas que nunca imaginávamos, aprendemos muito. As professoras ensinam muitas coisas pra gente, como o direito do idoso”. Ela diz que vê no envelhecimento uma oportunidade para poucos. “ Envelhecer é um privilégio. Com a idade nós aprendemos muitas coisas. Quantos não queriam chegar na minha idade e não conseguiram. Eu perdi uma amiga quando era muito nova e tenho certeza que ela queria muito a oportunidade de chegar até aqui”.

Leonilda, 62, conta que terça-feira é o melhor dia da semana, pois é quando acontece o projeto. “Nesse dia eu já acordo animada. Faço as coisas em casa mais cedo pra dar tempo, sabendo que tenho compromisso mais tarde”. Leonilda participa de vários grupos e gosta de se manter sempre ativa. “Eu participo deste e de outros dois projetos. Procuro me manter sempre em movimento”, completa ela.

O projeto ajuda os idosos a se distraírem e também os auxilia superarem momentos difíceis. Dona Maria Roseli, 65, relata que o grupo foi de grande valia para que superasse um processo de luto. “Para mim foi muito bom entrar no grupo, eu perdi minha filha de 45 anos faz 7 meses e estar aqui me ajudou muito nesse processo”, conta Dona Maria.

Fotografias: Hygor Machado e Douglas Mercer

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