O objetivo do evento foi apresentar propostas para melhorar a qualidade alimentar dos acadêmicos
A comunidade universitária da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) se reuniu na última quinta-feira (18) para discutir segurança alimentar na instituição. O evento intitulado Conferência Universitária de (In)segurança Alimentar exibiu o resultado da pesquisa produzida pelo Núcleo de Pesquisa ‘Questão Ambiental, Gênero e Condições de Pobreza’, da Pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas. O objetivo do encontro foi discutir propostas para reverter o cenário atual de insegurança alimentar. A pesquisa mostra que 35% dos acadêmicos da UEPG enfrentam algum grau de vulnerabilidade alimentar.
O estudo revela que a renda não é a única característica que explica o índice. Transporte, moradia, gênero e a presença do estudante em cotas sociais são outros fatores que se relacionam à vulnerabilidade alimentar. A pesquisa aponta que 100% dos estudantes com bolsa permanência enfrentam algum grau de insegurança alimentar. “A bolsa permanência está sendo direcionada de fato a quem mais necessita, mas ainda não é suficiente para suprir todas necessidades, por isso precisamos apresentar novas ideias de políticas públicas”, afirma Augusta Haiher, professora do Núcleo de Pesquisa.
Em nota publicada no site, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) disponibiliza desconto ou isenção no Restaurante Universitário (RU), Bolsa Permanência e Casa do Estudante como políticas de permanência na Universidade. Segundo o edital N° 2024.377 da Prae, 130 acadêmicos possuem isenção total no RU e 39 têm descontos de até 50% neste ano.
Após a apresentação do estudo, os participantes se dividiram em grupos para discussão sobre aspectos que influenciam na insegurança alimentar e sugeriram propostas. As proposições serão enviadas a representantes, no Simpósio que ocorre entre os dias 19 e 20 de agosto, no Grande Auditório da UEPG.
Texto: João Bobato
Revisão: Laura Urbano
Supervisão: Muriel Amaral
Fotos: João Bobato