Na manhã de quarta-feira (5), integrantes dos Centros Acadêmicos João do Rio (Cajor) e Professora Divanir Munhoz (Cassd), de Jornalismo e Serviço Social, respectivamente, se posicionaram contra projeto de lei que prevê a transferência da administração de 204 colégios públicos do Paraná para a iniciativa privada.
O projeto de lei “Parceiro da Escola”, aprovado na terça-feira (4) e sancionado pelo governador Ratinho Junior (PSD), tramitou em regime de urgência na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP). Ou seja, com prazos reduzidos para avaliação das comissões. A proposta de privatização também dispõe sobre contratação de professores sem realização de concursos públicos.
A manifestação dos estudantes da UEPG iniciou pelo Cassd (Serviço Social), logo sendo seguida por outros centros acadêmicos, como o Cajor (Jornalismo). Uma das organizadoras, Maria Luiza Hass, ligada ao Cassd, considera que os paranaenses não se deram conta do impacto da aprovação desse projeto. “Acredito que uma alternativa é a formulação de espaços de luta”, avalia.
A presidente do Cajor, Júlia Andrade, considera que a privatização do ensino público começa pelas escolas para depois atingir as universidades. Para Júlia, os universitários devem estar a par dos debates da educação pública. “Nós precisamos continuar com a mobilização dentro do curso, ainda mais que o jornalismo deve estar pautado pelas decisões [feitas] na sociedade”, afirma.
O protesto à proposta do governo se deu também por cartazes. A ação ocorreu no pátio do campus central da Universidade. Os materiais de comunicação visual criticam o governo Ratinho Junior e destacam a importância da educação. Em todo o Paraná ocorrem ações para sensibilizar a sociedade sobre o “Parceiro da Escola”. Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), o projeto irá interferir na parte pedagógica das escolas.
Texto: Matheus Leônidas e Karine Santos
Revisão: Daniel Klemba
Supervisão: Ben Hur Demeneck
Fotos: Karine Santos