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Na última sexta-feira(06), o curso de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, recebeu a jornalista Maíra Streit por meio da vídeo conferência “A cobertura jornalística de grupos (quase) excluídos”, realizada ao alunos do curso. A jornalista abordou a importância da responsabilidade e ética dos jornalistas. "Nós como jornalistas temos uma responsabilidade gigantesca, pois temos dois caminhos a seguir" argumenta Maíra Streit. Já que as pessoas tem aquilo que veem no jornalismo como verdade. "Não devemos tender para o lado da discriminação" enfatiza Streit.

 

Durante a conferência a jornalista mostrou diversas coberturas realizadas durante sua carreira, entre elas: "Adolescência prostituída: uma outra história da construção de hidrelétricas" que levou ao prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo. A jornalista afirma que essa foi sua matéria mais complexa, pois falava sobre a exploração sexual na construção da hidrelétricas em Rondônia.

Também abordou a importância de auto desconstruir-se ao falar com uma fonte, a qual tem um mundo completamente desconhecido e que às vezes é preciso até uma mudança de roupas para poder entrar nesses lugares. Essa reportagem ganhou também o prêmio Vladimir Herzog de direitos humanos. Durante a vídeo conferência a jornalista mostrou alguns cuidados ao entrevistar como:

"- Saber diferenciar pedofilia, abuso e exploração sexual

- Evite declarações minuciosas e desnecessárias da violência sexual

- Nunca identifique a vítima

- Fotografias: buscar ângulos diferenciados, detalhes ou contra a luz

- Sensibilidade ao entrevistar"

Todo o cuidado com as fontes é algo muito importante para a jornalista. "Para você é só uma matéria, pra pessoa é a vida dela" acentua Maíra Streit. Entre outras reportagens realizadas pela jornalista, a sobre Racismo na Infância ganhou destaque, onde mostrava a história de uma menininha de 5 anos que sofreu discriminação na escola por ter sido chamada pra ser a noiva de um menininho branco em uma atividade e a família se revoltou contra.

A Análise de cobertura de negros e negras também foi de extrema importância para a jornalista, onde encontrou-se em diversos momentos jornalísticos o uso do termo "mulata" que é abominado pelo movimento negro. Os resultados mostraram a utilização de termos racistas usados pelos jornalistas, pouca diversificação de fontes e também a falta de especialistas negros.  A jornalista também destacou a reportagem sobre Assédio sexual aos jornalistas que analisa o Caso do Mc Biel. "Nós falamos tanto sobre assédio e ao mesmo tempo somos vítimas o tempo todo" confessa Maíra Streit.

Foto: Letícia Dovhy

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