O “I Simpósio sobre envelhecimento e sexualidade: mitos e verdades” promovido pelo curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), aconteceu na última quarta (31), no auditório da UEPG Central. O evento buscou desmistificar temáticas que ainda são pouco debatidas na sociedade, como o debate sobre sexualidade para idosos. É um fator que não fica restrito a relação sexual, mas que envolve também questões de autoestima e vivências. Outro aspecto do evento, foi esclarecer os idosos sobre os seus direitos.
Antônia Zoraide da Silva tem 70 anos e conta que foi a primeira vez que participou de uma palestra que envolve sexualidade e envelhecimento. “O evento é uma oportunidade muito boa para nós. Eu nunca tinha vindo numa palestra assim. As vezes nós pensamos que por causa da nossa idade estamos indo para o fim, mas não adianta. É preciso viver feliz, se arrumar, ir atrás dos sonhos, igual a Dra .falou agora” aponta Zoraide.
A palestrante Dra. Lindiara Santana Santos Berti durante sua fala, reforçava a importância do cuidado com o corpo, com a autoestima, os ganhos com a maturidade e o exercício do idoso na cidadania. Para a professora Maria Iolanda de Oliveira, quando os idosos debatem sobre essas temáticas e assistem palestras, acontecem mudanças na forma de se enxergar no mundo. “Muda a compreensão de que eles são protagonistas das suas histórias. E como pessoas idosas estão no seu direito de cidadania, tratar de coisas que são correspondentes a sua própria vida. Não delegando isso as outras pessoas.”, reforça a assistente social.
O simpósio integrou as atividades que compõem o mês do idoso. A organização convidou vários grupos de idosos da cidade, como a Universidade Aberta para a Terceira Idade da UEPG e o grupo de convivência de idosos da cidade de Telêmaco Borba. O evento reuniu profissionais, estudantes e comunidade.
A acadêmica de serviço social, Gabrieli Petroski Machado é uma das organizadoras do evento e aponta que escolheram o tema pela urgência e estigmatização do assunto. “O importante é trazer à tona essa temática, não só para a comunidade acadêmica, mas para a população em geral.”, expressa. A estudante reforça que todos estamos em processo de envelhecimento e por isso o debate é necessário.
