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O fotojornalista João Roberto Ripper esteve na Universidade Estadual de Ponta Grossa nesta terça-feira (26) para a palestra “Fotografia de resistência: imagens em defesa dos direitos humanos”, promovida pelo Programa de Mestrado em Jornalismo juntamente com o Projeto de Extensão Lente Quente, como parte das atividades relacionadas ao ‘Ciclo Comemorativo 50 anos do maio de 68’.

Ripper iniciou a carreira no jornal Luta Democrática e conforme passou por outros veículos foi alcançando papel primordial na defesa do trabalho dos fotógrafos brasileiros. Em 2009, o fotojornalista publicou o livro “Imagens Humanas”, com 195 fotos das 150 mil que possuía em acervo, representando a realidade do país.

Segundo o professor coordenador do projeto Lente Quente e um dos organizadores da palestra, Rafael Shoenherr, o convidado é uma referência na fotografia, no jornalismo e nos trabalhos documentais sobre o que é o nosso país. “É impossível separar biografia e obra. Ele contagia as pessoas que ele fotografa e é contagiado, se deixa tocar pelas realidades. Isso é uma inspiração, sobretudo para novos jornalistas, para que conheçam mais o país, as pessoas, a vida comum, cotidiana. O autor consegue cruzar referências e inspirações, tudo com um único propósito: a valorização da dignidade, da beleza, da sobrevivência, em qualquer condição”, observa o professor.

Durante a palestra, o carioca defendeu a liberdade de expressão, fazendo relações com as marcas da escravidão que permanecem até os dias atuais. “Existe uma diferença entre liberdade de imprensa e liberdade de expressão. A liberdade de expressão é muito maior. A pior censura que existe no jornalismo, para mim, é quando o jornalista, ao ver uma pessoa fotografando, filmando, entrevistando comenta ‘tem muita gente aqui que não é profissional’, porque aí o jornalista estará sendo censor da liberdade”, disse o fotógrafo no evento.

João Roberto Ripper ainda completou: “Desde o princípio da nossa história a escravidão faz parte, e ela é tão forte que eu acredito que nunca um cidadão deixou de comprar um produto que veio da escravidão em sua matéria prima”.  

Ao longo de sua fala, Ripper apresentou algumas fotografias da Agência Escola de Fotógrafos Populares, mostrando realidades periféricas sem maquiá-las. Fotos da natureza, das minorias, da violência, de bandas musicais, do cotidiano. Ao serem expostas suas obras autorais, o fotógrafo intercalou falas a respeito das experiências vivenciadas em suas documentações. Um dos destaques do profissional foi seu trabalho fotografando o universo feminino e as dificuldades de contato com as mulheres das mais variadas origens e práticas.

Além disso, Ripper reforçou a importância do trabalho de observação. Para ele, é necessário ter o controle de fotografar pouco e conversar mais, escutando as histórias até que o momento ideal permita cliques únicos. Aos 53 anos, o fotojornalista tem em suas mãos uma variedade de obras, que juntas formam um material coerente e carregado de valor histórico sobre as invisibilidades que nos cercam.

 

Fotos: Mariana Santos

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