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O local, por meio da arquitetura, permite uma imersão na história do Paraná

No quarto dia da 33ª Semana de Comunicação, quinta-feira (19), acadêmicos do primeiro ao terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG puderam vivenciar de perto a história da colonização do Paraná com uma visita à Fazenda Capão Alto, localizada no município de Castro. Fundada no século XVIII, a fazenda é uma das propriedades rurais mais antigas e importantes do estado, tendo desempenhado papel central na colonização do sul do país. Símbolo do ciclo do tropeirismo e da era dos escravizados no Brasil, a fazenda impulsionou o desenvolvimento econômico da região e hoje, com sua arquitetura imponente, preserva características coloniais e permite com que os visitantes se sintam imersos na história do local. Trata-se de um marco do patrimônio cultural paranaense, tombado em 1982 pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Paraná.

Apesar de desconhecida por alguns moradores da região, além de seu valor histórico, a Fazenda Capão Alto se destaca por ser um ponto turístico e cultural significativo do Estado. Visitantes têm a possibilidade de explorar o local, que oferece uma imersão na história do Brasil colonial e no modo de vida dos tropeiros e dos senhores e capatazes do século XVIII. A fazenda também se tornou um exemplo de preservação ambiental, com áreas de mata nativa, paisagens que realçam a beleza dos Campos Gerais e cuidados com espécies de aves, como pavões e galinhas d’angola. 

O local sempre foi importante ponto de parada para os tropeiros que viajavam do Rio Grande do Sul a Sorocaba, em São Paulo. Em 1870, o local foi adquirido pelo Barão do Monte Carmelo, um tropeiro que mandou construir o imponente casarão nos moldes das fazendas de café paulistas. Com paredes de taipa e pinturas decorativas, o casarão surpreende por sua riqueza de detalhes.

Homens, mulheres e crianças trazidos da África ou nascidos no Brasil desempenhavam tarefas exaustivas no campo, como a lida com animais, o cultivo de alimentos e a manutenção das estruturas da fazenda, que foram construídas a mão, como explica a cuidadora do local, Michele Freitas, “O casarão foi construído na mão de obra barata dos escravos ao longo de 18 anos e os fazendeiros se aproveitavam muito da situação”. A vida dos escravizados era marcada por condições desumanas, violência física e psicológica, e a privação de direitos básicos. O marcas históricas e sociais do trabalho escravo é um aspecto sombrio, porém inegável, da história da Fazenda Capão Alto e de muitas outras fazendas brasileiras, refletindo as profundas desigualdades que marcaram o período de colonização do país. 

A experiência da visita, ofereceu mais aprendizado para os acadêmicos. A, a professora do curso de Jornalismo, Gabriela de Almeida, conta que “foi importante pois os estudantes de jornalismo vão trabalhar provavelmente em algum veículo da região, e entender sobre a história, política e desenvolvimento social dessas regiões importa na busca por pautas, entendimento da sociedade em que ele está e até mesmo de qual público ele está tratando.”

Durante a visita, os estudantes tiveram a oportunidade de refletir sobre o impacto do trabalho escravo na construção da Fazenda Capão Alto e no desenvolvimento econômico da região. Para Natália Stupp, acadêmica do primeiro ano, a experiência foi reveladora: “A história nos faz pensar sobre como as pessoas viviam nesse lugar que eu não conhecia, mesmo morando tão perto. A visita foi muito interessante”. Já Eduarda Macedo, acadêmica do primeiro ano, destacou o aprendizado proporcionado pelo contato com essa parte da história: “Gostei da visita porque aprendi muito sobre a história dos escravizados no Paraná, algo que eu não conhecia. Foi uma experiência enriquecedora”, afirma.

O local é aberto para visitação de terça a domingo, das 8h às 18h, com ingressos a partir de R$5,00. Para mais informações, os interessados devem entrar em contato pelo telefone (42) 3232-5856.

Texto: Betania Ramos da Silva e Nicolle Brustolim

Supervisão: Carlos Alberto de Souza 

Fotos: Betania Ramos da Silva (01-02-05) e Nicolle Brustolim (03-04)

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