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Oficina com Luiz Rebinski sobre o jornal literário faz parte da programação da 33° Semana de Comunicação

Na tarde desta quinta-feira (19), estudantes e professores do curso de jornalismo tiveram a oportunidade de bater um papo com o jornalista Luiz Rebinski, que, por 10 anos, foi editor do jornal literário Cândido, publicado pela Biblioteca Pública do Paraná. O objetivo da conversa foi contar aos estudantes um pouco mais sobre a imprensa cultural do Paraná, com foco na trajetória do Cândido, além de exemplificar outros veículos literários como o Jornal Rascunho e Revista Bravo.   

A primeira edição do jornal Cândido foi publicada em agosto de 2011, e teve como tema principal o poeta curitibano Paulo Leminski. Desde então, o jornal é publicado mensalmente. Em suas 40 páginas, o veículo discute por meio de ensaios e críticas, temas pertinentes à literatura contemporânea, principalmente a produção paranaense. A origem do nome “Cândido” vem de uma homenagem à Biblioteca Pública do Paraná, que fica localizada na rua Cândido Lopes. O veículo chama a atenção pelas suas capas coloridas, com ilustrações que representam a reportagem principal. Durante a oficina, Luiz Rebinski explicou que, como iniciativa para a divulgação da literatura local, o veículo procura publicar textos inéditos de escritores de todo o estado.

Luiz Rebinski é jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e editou “Cândido” desde o começo do jornal até 2019. O jornalista atuou em outros jornais e revistas e tem presença no mercado editorial brasileiro. Em 2016, ele lançou seu primeiro livro de ficção, “Um pouco mais ao Sul”. Para Rebinski, o Jornal Cândido é uma das iniciativas que promovem a cultura local. O jornalista afirma a importância de veículos regionais para despertar o interesse nas pessoas. “Geralmente o espaço para literatura é muito restrito. Em qualquer âmbito, não só local, mas nacional. Então qualquer iniciativa em relação à literatura, qualquer espaço, está valendo”. Rebinski ainda comenta sobre a importância do assunto ser debatido na 33° Secom, já que, muitas vezes, a literatura não recebe muito foco na faculdade de Jornalismo. 

Para a estudante de mestrado, Tamires Limurci, retratar o “Cândido” em uma palestra da Secom é importante, por ser um jornal de grande relevância no Paraná e que muitos estudantes não conhecem. “A gente tem uma geração de estudantes que não conhecem o jornal que é publicado pela Biblioteca Pública Paranaense e que teve uma grande relevância, porque antigamente ele fazia parte de um projeto, em que era distribuído em penitenciárias para diminuir a pena de presos. É um jornal muito próximo e que alguns de nossos professores já participaram”. Motivada pelo consumo do jornal e interesse pela literatura, Tamires atualmente estuda o  “Cândido” para sua pesquisa de mestrado.

Além de apresentar a história do Cândido, a conversa com Luiz Rebinski contribuiu para a percepção dos estudantes sobre o papel do jornalismo cultural. A estudante do segundo ano, Maria Cecília Tramontin Mascarenhas comenta que a discussão sobre veículos literários jornalísticos é importante pois veículos culturais têm diminuído cada vez mais com o passar dos anos, e que é relevante falar sobre o tema para os estudantes verem que não acabou. Para a estudante, a oficina contribuiu também para conhecer mais sobre os professores do curso. “É interessante escutar também a história dos nossos professores e ver o que eles produziram dentro do jornalismo cultural”.

O professor do departamento de jornalismo Rafael Schoenherr destaca que Cândido possui relevância na cena cultural por manter uma sintonia com a tradição de publicações literárias, informativas e jornalísticas no estado do Paraná, motivado por iniciativas independentes como a revista Joaquim e o Jornal Nicolau. “Isso sinaliza que o Estado tem uma tensão em relação à cultura a partir de um dos principais equipamentos culturais que é a biblioteca ”. O jornal contribui também para a difusão cultural e propagação do acesso ao livro no Paraná, acrescenta Rafael. 

A oficina “Imprensa cultural no Paraná: trajetória do Jornal Cândido” fez parte da programação da 33º Semana da Comunicação (Secom). Para o professor Rafael, falar sobre o jornal Cândido em um evento como esse serve para expandir os horizontes dos alunos. “A história do jornalismo é também história de iniciativas, com impacto na área cultural. Falar sobre isso traz sugestão de caminhos para os estudantes. Mostrar que tem gente que já fez, gente que tá fazendo e que tem nomes importantes na área”. A 33º Secom, teve como tema “Jornalismo e a Reconstrução do Diálogo Público”, e contou com palestras, oficinas e visitas técnicas durante os dias 16 a 20 de setembro. 

 

Texto: Loren Leuch e Mariana Borba

Supervisão: Carlos Alberto de Souza

Fotos: Loren Leuch

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