Pela segunda vez em menos de um mês, os docentes das universidades estaduais decidiram parar por mais um dia suas atividades acadêmicas. Na pauta de reivindicações pedem reposição salarial de 42%, revogação da LGU, contratações de professores e melhores condições de trabalho.

 

Em contrapartida, o Governo do Estado sinaliza com apenas 5,79% em agosto, descumprindo novamente a data-base da categoria. A falta de sensibilidade do Governo Ratinho Júnior para com as reivindicações tem mobilizado a categoria docente. Segundo o ex-presidente do SINDUEPG (Sindicato dos Professores da UEPG) e professor do curso de Jornalismo, Marcelo Engel Bronosky, as pautas são justas e os professores precisam ter consciência da importância desta luta. “A realidade é perversa” e para mudar isso é necessário uma ação objetiva em relação às bases, com trabalho de conscientização dos professores pelo sindicato para que haja maior adesão. “A greve é possível”, mas depende de uma série de fatores, principalmente do engajamento da categoria nesta luta, destaca Bronosky. O dia de hoje na UEPG está sendo marcado por manifestações no Campus Central e em Uvaranas. O movimento vem ganhando corpo nas outras universidades estaduais do Paraná. De acordo com a presidente do SINDUEPG, Marilisa Oliveira, “em todas as sete universidades estaduais está havendo paralisação”, pois, segundo a dirigente sindical, a proposta do governo Ratinho é "absurda", não atende as necessidades da categoria. Ela desabafa dizendo que a situação das universidades é preocupante: “é uma angústia grande” trabalhar nessas condições. Para a professora de Jornalismo da UEPG Hebe Gonçalves, “há um descaso muito grande por parte deste governo com a educação". Situação que abrange não só o ensino superior mas, também, o ensino fundamental e médio. As universidades estão sendo sucateadas desde o governo Beto Richa, observa. Acrescenta que esse processo foi intensificado com Ratinho Júnior. Na última paralisação, 15 de março, a adesão da categoria foi de aproximadamente 90%. Oliveira acredita que este índice está sendo mantido e espera que os professores reforcem o movimento e venham à Universidade para se juntar à luta.

Fotos: Gabriela Denkwiski e João Vitor Bobato.

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