Na tarde deste sábado (11), a paróquia Santo Antônio, localizada no bairro Jardim Carvalho, organizou um Encontro de Carros Antigos. O evento foi acompanhado de venda de pastéis, música ao vivo e brinquedos infláveis. O encontro é o segundo organizado pela paróquia este ano. A rua foi fechada e apenas os carros antigos entravam e estacionavam.
Entre as diversas charangas expostas na tarde ensolarada, Gols e Opalas de diversos anos marcaram presença no evento, cada um com sua história. Um exemplo é um Opala Caravan 1978 de Sandro Wambier. Sandro tem o veículo desde 2005, um carro no qual ele é apaixonado desde a infância por influência do seu pai. “Eu tenho a visão do meu pai saindo para trabalhar com a Caravan branca dele.
Sobre histórias com o carro, Sandro ainda conta sobre o dia que ficou na beira da estrada em Campo Largo com amigos, após a Caravan dar problema rumo a um evento de arrancada no antigo autódromo de Curitiba, no mesmo dia da final da Copa América de 2007. “Nenhum guincho queria ir buscar o carro lá, por causa do jogo. Ficamos 10 horas esperando”.
O dono relata ainda que, a partir de 2010, começou a investir na preparação do carro para a arrancada, com diversas modificações no motor, partindo dos 4 cilindros originais para a motorização de 6 cilindros, nas versões de topo do Opala, alterações no câmbio e na parte estética. Em 2016, Sandro participou do 26º Força Livre, que acontecia em Curitiba e era o maior evento de arrancada da América Latina, na época. “Eu já tinha ido nessas arrancadas em Curitiba com a Caravan, mas nunca imaginava que esse carro pudesse estar lá”.
No encontro, também havia carros únicos como Ford Galaxie 500, Fiat Coupè e um Ford Eifel, este último de Rafael de Campos. O modelo de 1938 foi comprado de uma família de empresários de Ponta Grossa e restaurado por Rafael, que tem como paixão reformar carros antigos, como esse vindo de seu pai. “Não gosto só de fazer, eu gosto dos antigos. É uma terapia”, completou Rafael, após falar que o modelo ficou 10 anos parado na garagem do antigo proprietário.
No momento, o Ford Eifel tem motorização de um Chevrolet Chevette, mas os planos com o carro são de ir além. “A intenção é fazer dele um Hot Rod com motor V8”. O dono do modelo ainda completa que esses carros antigos não devem ficar apenas de exposição. “Carro assim têm que rodar na rua e não em guincho”.
Mais antigo ou não, com ou sem modificações. Encontros como esse mantém viva as histórias desses carros e de seus felizes proprietários, provando que a cultura automotiva na cidade permanece forte e muito rica.
Texto: Matheus Fornazari
Supervisão: Carlos Alberto de Souza
Fotos: Matheus Fornazari (01-07)