A agenda do Setembro em Dança, nesta quinta-feira (25), prosseguiu com oficina de dança contemporânea, realizada pelo bailarino, coreógrafo e professor, Rodrigo Cucorocio. A atividade, realizada no Centro de Esportes e Artes Unificados, integrou o 10ª. dia da programação do festival.
Bruno Fernando de Paula, que já possui cinco anos de experiência com a área artística, foi um dos participantes da oficina. Ele contou que se afastou por um tempo, mas que o encontro despertou a vontade de retornar à prática. “O evento despertou vontade de voltar para a sala e dançar”, revela. Para ele, a dança contemporânea se encaixou perfeitamente em sua vida, como forma de arte e também de esporte. Bruno destaca, ainda, a experiência de aprendizado na oficina, que proporciona novas descobertas e a sensação de conforto ao retomar os movimentos. “O movimento é fluído, e quando você volta, é meio estranho, mas logo se sente confortável de novo e bem consigo mesmo”, explica.
Já Letícia Felis, professora de dança, que também participou da oficina, disse que a sensação de dançar e estar no palco se resume em liberdade. “Quando eu estou dançando eu sinto meu corpo muito livre, muito aberto, é como se estivesse flutuando no meio das nuvens, a dança é o que me faz mais feliz, é o que eu amo fazer”, reflete. Letícia também reforça a importância da realização de iniciativas como essa e de forma gratuita. “Acho importante a Prefeitura fazer isso, porque incentiva as pessoas. Às vezes sendo pago a pessoa não vai”, destaca.
Rodrigo de Souza Cucorocio, que já realiza oficinas há quatro anos, relata que iniciou na dança como hobby. “Eu comecei a gostar muito de dança contemporânea porque ela não é um estilo de dança, é mais uma pesquisa de movimento, então ela pode ser um pouco particular. Foi essa liberdade que me atraiu muito, por eu poder trazer técnicas de outros estilos”. Ele destaca a relevância da dança contemporânea e o quanto é benéfica para que as pessoas não se limitem. “O maior benefício é o de perpetuar mudanças, que a dança não fique enraizada e encaixotada em uma coisa só. A dança contemporânea tem esse viés de estar se reciclando, mudando, transformando e agregando”, finalizou o coreógrafo.
Segundo o professor, a prática da dança não é perfeita. Para ele, trata-se de um espaço que possibilita sentir e experienciar o momento e os sentimentos dos quais está se prendendo. É somente dançar e não se apegar a perfeição da técnica.
Texto: Emanuelle Nunes, Jeniffer Iara e Valentina Bortoluzze
Revisão: Giulia Neves
Supervisão: Paulo Rogério de Almeida
Fotos: Emanuelle Nunes (01-03), Valentina Bortoluzze (04-06) e Jeniffer Iara (07)


