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 Estudantes de quatro diferentes colégios Maristas do Paraná realizam trabalhos comunitários no bairro

Já imaginou trocar suas férias escolares para fazer trabalho voluntário em outra cidade? Foi isso que jovens estudantes de vários Colégios Maristas do Paraná fizeram na última semana quando participaram do Missão Solidária Marista (MSM). Alunos de Maringá, Curitiba e Ponta Grossa estiveram no Bairro Santa Mônica, em Ponta Grossa, desenvolvendo atividades manuais e recreativas com as crianças e , também, fazendo visitas aos moradores locais.

Os alunos, que vieram dos colégios Maristas de Maringá, Santa Maria (Curitiba), Pio XII e Marista Escola Social de Santa Mônica (Ponta Grossa), permaneceram cinco dias no bairro, período em que conheceram a história da comunidade, conversaram e visitaram os moradores da vila, participaram do plantio de árvores, realizaram atividades recreativas com as crianças, além de ajudarem na organização de hortas em colégios do bairro.

Um dos organizadores da Missão, que atua no Marista Brasil, Olavo Chicoski, explica que nesta edição os trabalhos estão sendo realizados em cinco dias. O primeiro é mais formativo, em que os jovens conhecem as lideranças comunitárias do bairro. “É muito nessa perspectiva de solidariedade. Não é a ideia de caridade. É a ideia de como eles vão mergulhar numa determinada realidade, numa comunidade que tem vida, que tem história que vai continuar depois que eles forem embora”. Chicoski explica ainda que esse momento é importante para que essas vivências ajudem a impactar o território onde os jovens estão inseridos no dia a dia.

Além dessas atividades formativas, também aconteceram outras ações como atividades no CMEI, no Marista, além de visitação às famílias mais importantes à história do bairro. São pessoas que ajudaram a fundar a comunidade, que estão aqui desde o começo, e que atuaram nas conquistas de políticas públicas para garantir direitos daquela população. Gente que lutou por água, luz, escola; que lutou por várias benefícios que têm aqui na comunidade”, explica o organizador da missão.

Durante as visitas, os jovens gravaram as conversas com os moradores. Em outro momento, eles realizaram o plantio de árvores na comunidade. As mudas levam o nome das famílias e simbolizam a luta da comunidade por qualidade de vida. Em cada árvore há um QR Code. Por meio dele é possível assistir um vídeo gravado da ação. As famílias puderam escolher onde as árvores seriam plantadas. Algumas queriam que plantassem na frente de suas casas, outras em lugares simbólicos. A ideia é que eles possam saber onde as árvores estão para poder cuidar delas. “É a história deles que está ali, mas ao mesmo tempo marca toda a comunidade”.

Chicoski destaca que a Escola Social Santa Mônica possui boa relação com a comunidade, onde a escola muitas vezes é referência.” O Marista é referência de formação na educação, além de ajudar a comunidade em projetos sociais”. Essa troca e reconhecimento acabam ajudando na promoção de eventos como este no bairro , que está completa 25 anos. A escola chegou na comunidade cinco anos depois da sua fundação e está inserida no cotidiano local e nas vivências do Santa Mônica. Por isso, todas as atividades realizadas no Projeto Missão foram pensadas em conjunto com os moradores. “Pensamos juntos com a comunidade em atividades a ser desenvolvidas e quais intervenções seriam legais para os jovens fazerem, para que eles entrassem em projetos já existentes aqui”, observa o organizador do evento.

A estudante do terceiro ano do colégio Santa Maria, Ana Carolina Kroetz, explica que ficou muito animada e com uma expectativa muito grande, principalmente por ter visto vídeos de missões que ocorreram em anos anteriores. No entanto, confessa que estava um pouco receosa de não fazer o seu papel certo. A aluna Ana Beatriz Pegorin também confessou que estava um pouco nervosa antes da viagem. “Eu fiquei com medo pois essas pessoas têm uma realidade completamente diferente da minha, mas eu também fiquei muito empolgada, porque eu já tinha expectativa pelo que já tinham sido comentado dos outros anos”.

Elas reconhecem a importância da missão e da experiência que essas atividades proporcionam. Pra mim até agora está sendo muito intenso, muito mais do que eu imaginava. “Fui nas visitas e entrar na realidade das pessoas é uma experiência muito legal”, explica Ana Beatriz Pegorin Ela ressalta que vai levar para a vida toda os momentos que teve na Missão. “Eu estava falando para as pessoas. É algo que eu não viveria de outra forma, então eu tô muito feliz por estar aqui”. A estudante do Santa Maria Eduarda Marim explica como foi a experiência realizar atividades manuais na escola. “Eu fiz algo que eu nunca tinha feito na vida que é carpir. Nem sabia como era e até peguei minhoca. Foi super legal, a gente se pintou, foi uma experiência divertida. São coisas que eu não faço no dia a dia”. Eduarda salienta que todos estão fazendo os trabalhos com boa vontade. Querem ajudar de verdade.

As entrevistadas reconhecem que levarão as vivências da Missão para a vida. “Percebi o quanto a gente precisa dar mais valor ao que a gente tem. Você entra na casa de uma pessoa que mora numa comunidade simples e ela fala que tem tudo o que precisa e não trocaria a vida que tem. Eu começo a olhar para a minha realidade e me vejo de um jeito totalmente diferente”, explica Ana. Ela , reconhece que começou a pensar de forma diferente para valorizar aquilo que ela tem.
Eduarda esclarece, também, que o evento mudou a sua forma de perceber a vida. Agora, em
época de vestibular, “a gente até esquece como o carinho é importante”. A missionária explica que os coordenadores já haviam explicado anteriormente que os estudantes não foram lá para mudar a realidade das pessoas. “Nós viemos aqui para dar atenção, porque é isso que eles querem. Nossa mãe vem falar com a gente e já viramos a cara. E aqui é isso que eles querem, ser ouvidos”, confessa Eduarda ao ressaltar que aquilo que mais mudou, com a missão, foi ver os pequenos atos como grandes coisas, pois é isso que as pequenas coisas significa para muitos dos moradores.

Já a estudante de psicologia e ex-aluna do Colégio Marista Pio XII, Yasmin Del Pozo reconhece a importância de participar de uma Missão Solidária Marista “É um grande prazer e requer responsabilidade.” Estamos lá para servir e fazer os valores de Jesus Cristo ser conhecidos.”. A estudante comenta que o aprendizado que teve vai levar para a vida, principalmente em relação às realidades do mundo, “Afinal, nem todos vivem na mesma bolha que a nossa. Poder presenciar isso é uma experiência muito especial e importante.”

Viver em outra comunidade com realidades distintas daquelas em que eu vivo também ajudou a repensar o mundo. Para Ana Carolina Kroetz, todos eles têm muito amor uns pelos outros e pela comunidade. Construíram isso juntos e todos sabem da história da comunidade”, evidenciando a luta e dedicação que tiveram para construir o bairro. “Ver tudo que eles lutaram, faz-me pensar que não conheço a história de onde eu moro e de como tudo começou. Isso faz refletir sobre a nossa realidade”, comenta Ana Carolina.

Além da Missão Solidária aqui em Ponta Grossa, outras quatro cidades também receberam jovens missionários e realizaram, durante a semana, trabalhos comunitários: Londrina (PR), Fazenda Rio Grande (PR), Criciúma (SC) e a Zona Leste de São Paulo (SP).

Fotos: Pedro Moro e Vanessa Galvão 

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