Alunos do primeiro ano e do grupo Foca Foto realizaram ao longo deste primeiro semestre o Projeto Retratos do Curso. A iniciativa movimentou os estudantes que aproveitaram a atividade para aperfeiçoar técnicas fotográficas ensinadas na Disciplina Produções em Fotografia e para se integrar à comunidade universitária do Departamento de Jornalismo.

A produção de retratos representa para o fotógrafo uma série de desafios como, por exemplo, deixar de lado a timidez, construir a imagem do outro e valorizar suas qualidades, eleger aspectos e detalhes do que vai ser retratado. E, tudo isso, deve ser pensado na hora do click, na seleção dos planos e na composição da imagem. A exemplo de outros exercícios com fotografia, o retrato demanda escolher o melhor ângulo, apreender o clima e a situação, fazer um bom enquadramento, pensar nos elementos da cena: regra dos terços, profundidade de campo, focagem e desfocagem; primeiro, segundo e terceiros planos.
Quando se mira a máquina na direção de alguém, de algum grupo, busca-se conhecê-lo, entender o momento e revelar agora e para posteridade aquela figura humana. O retrato, tal qual outras modalidades fotográficas, tem força de documento, importante à memória, ao registro do passado. O que as câmeras dos alunos denotam, certamente terão valor no futuro como peça para entender o curso, para revelar quem eram os professores, funcionários em 2017, que constituíam o curso. Os alunos, depois de formados, poderão ver com saudade um tempo que passou, mas que a fotografia não deixou apagar e que ninguém vai esquecer.
Ingrid Petroski, integrante do Foca Foto desde o ano passado, diz que fazer retrato é uma maneira rápida de aprender a fotografar e a iniciativa do projeto de extensão é importante, pois tal iniciativa ajuda a preparar os acadêmicos para a arte da fotografia e do fotojornalismo. Ela lembra: quem faz retrato, pela dificuldade que ele representa, faz qualquer tipo de fotografia. E o mais interessante é que o fotógrafo, neste caso o aluno de Jornalismo da UEPG, “acaba se aproximando das pessoas, conhecendo novas pessoas”.
Taís Maria Ferreira, Técnica em fotografia da UEPG e uma das responsáveis pelo Projeto de Extensão Foca Foto, observa que a atividade tem por finalidade integrar “os calouros no curso. Com a prática da fotografia, eles passam a conhecer melhor os professores e alunos do Jornalismo UEPG que estão em outra série”. Para Taís, a produção de retratos ajuda-os a entrar no mundo da fotografia, pois é necessário planejar a atividade, esperar o melhor momento para abordar o “sujeito” e tentar desvendar com um click o que há de mais rico no personagem que, com outros alunos, ajudou a retratar.
Para Arthur Scheurer, acadêmico de Turismo que entrou na disciplina de Produções Fotográficas como aluno especial, foi muito bom fazer retratos. É importante “ver outros lados da pessoa”, o que ela tem para mostrar de melhor e mais bonito. Durante este semestre, ele fez retratos com máquina analógica e digital. Com a analógica, foi muito interessante ver na bandeja de revelação de papel, a imagem que você retratou ir aparecendo aos poucos, como num passe de mágica. Esse tipo de fotografia revela a magia que é a fotografia no mundo atual e a importância que ela tem para a sociedade.